O movimento espírita português terá começado a surgir pouco depois de abril de 1857, com a publicação de “O Livro dos Espíritos” em Paris, França.
Essa e outras obras do mesmo autor terão chegado a Portugal através de comerciantes e estudantes que chegavam de França, sendo certo que o fenómeno mediúnico das chamadas mesas girantes estava em voga por todo o lado, como se depreende de incontáveis notícias da imprensa da época.
Tornou-se florescente este movimento, com a abertura de numerosos grupos espíritas por todo o país, surgindo igualmente diversos jornais e revistas a dedicar as suas páginas exclusivamente ao espiritismo.
Organizado o I Congresso Espírita Português, que teve lugar no Ateneu Comercial de Lisboa, nos dias 15, 16, 17 e 18 de Maio de 1925, surge dele a Federação Espírita Portuguesa, que foi inaugurada em 31 de julho de 1926, sendo o Dr. António Joaquim Freire o responsável pela nomeação do seu 1.º presidente, o Dr. Afonso Acácio Martins Velho.
Durante a ditadura salazarista ocorre a apropriação por parte da sede própria da Federação, bem como de outras associações (Sociedade Portuense de Investigações Psíquicas, na cidade do Porto). Retirado o direito de reunião e de associação aos cidadãos, passam os grupos espíritas, na prática, à clandestinidade.
A Revolução de 25 de Abril de 1974 devolve aos portugueses a liberdade e o movimento reorganiza-se. Os grupos espíritas passam a abrir as suas portas como associações sem fins lucrativos.
Neste link encontra muitos dados biográficos sobre uma mão-cheia de vultos da história do movimento espíritas português – https://www.facebook.com/media/set/?set=a.2848188078590449&type=3